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Aqui só tu tens Segredos.

14.6.06



Cheguei a casa de mais um dia de praia,

pousei o saco em cima da cama
e acorri à varanda.
Lá estava ela! Imperatriz..
Encolhida no ninho e a olhar,
como se estivesse a pensar.

Uma laranja para mim.
Migalhinhas de pão sem passas para ti.



O Sol bate de lado e dá aquela sombra comprida a tudo que se quer despedir.

O patrocínio da hora de música é da Telepatia, loja de acessórios de moda.
Ficamos ali. Não sei se a pensar, se a sentir.
Meio a ver, meio a não ver, a saltar as coisas com os olhos como se também nós lhes estivéssemos a dar as Boas Sombras. Lembrei-me da cara com que te despedes de mim e fiquei a imaginar como não me importava de a ver outra vez. Bom, eu fiquei a sonhar um bocadinho. Mas só um bocadinho!

Fui buscar um cigarro para enrolar e saltou-me um papelito, pequenino mesmo, que tem quatro versos de um poema.

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha
A essa hora dos mágicos cansaços
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Escreve uma mulher uma obra vastíssima e eu roubo-lhe isto!
Terá um dia de me desculpar e perceber que neste momento trinta anos de qualquer coisa reduzem-se a quatro versos que trocava pelas nossas quatro horas de quatro histórias engolidas.
E fiquei ali,
assim,
a ver a tardinha,
os mágicos cansaços,
duas de letra com a vizinha,
a amansar os meus braços...

É evidente que quando se respira o desejo de ser visitado,
o Universo lá faz das dele.
Sem descanso.

Que prazer vitorioso é este o de poder receber.
Quarta feira foi o dia em que promovi Jantar na Varanda a dois amigos acabados de chegar de lua de mel.


Conheço-os pelos sorrisos ao fundo da rua.
Enchem a casa como um Fado Corridinho que se ouve perdido pelas ruas no mês das Festas Populares.
Apresento-lhes a andorinha e a Nossa Varanda.
Sinto-os descerem à anca num agora percebo porque gostas tu tanto de vir para aqui.


Trocam-se relatos de viagens, culturas conhecidas e aprendizagens assimiladas como se se fumasse cachimbo de concordata paz. Entretemo-nos a contar um tanto de tudo que tem acontecido a esta vida que nos anda a viver.

Num impulso, género catraia com brinquedo novo, leio-lhes a carta que escrevi à Marilyn. Agradeço-lhes tais desabafos mas não consigo perceber nem metade da paciência que estes dois têm para ouvir as baboseiras em que me lavo ao escrever. E não percebo como podem querer a foto que guardei do dia de casamento deles. Mas, bom, como não existe desejo dos meus amigos que não acorra ao céu a roubar só para pousar-lhes no colo, seguirá ainda esta semana. Via Mala Postal.

Quando nos lembramos que o mundo não pára passava a voar das quatro da manhã. Nem todas as pessoas se sabem perder pelos ermos atalhos de um Té Té Té.

Guardo como foto de mais um dia de Apúlia, a cara da minha cúmplice, sentada na minha cama, de olhos garotos e sorriso ansioso. Não descansa! Não existe nada naquele momento que a distraia, cale ou engane. Com o corpo a saltar pergunta-me, logo a mim que me pensava perita em desconversar, com quem? com quem querias dormir no Moinho?! Nem todas as pessoas nos deixam no chão do quarto o Tinto que engolia com os teus quatro versos trocados. Tão fácil assim.

É esta atenção,
este eterno interesse pelo que me vai pelo peito que me faz no caminho até aos outros.
Não me distraio de tamanhos privilégios.

São estes que saltam às cordas de mundo paralelo connosco e nos deixam encaminhados, já sem distracções, no trilho assertivo da nossa vida. São estes que, tantas vezes, se sentam connosco numa varanda a pensar nas questões que temos para fazer à vida, nas opções que lhe tivemos de cortar.
Destes, que o fazem generosamente.
Afinal é da nossa vida que falamos.
Sabemos que não conheceremos uma única resposta.

posted by SCS
junho 14, 2006