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Dobro de Branco.

12.7.06


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Quando vens agitado, de pernas impacientes, e te reviras em desculpas como se eu te fosse social.

Ergues muros de mão talhada.

Essa tua incapacidade de exteriorizar inquietações sempre me ofereceu uma neura que remoí por dentro.
E é apenas essa tua incapacidade que remoí, nunca nenhuma das tuas inquietações.

Então desfazes-te em desculpas que me provocavam espasmos de raiva até chegares à conclusão, não sei por quais caminhos, que não devias ter vindo, que te vais embora e que amanhã, ou daqui a um ano, já te sentirás capaz de relatar acontecimentos com a distância emocional necessária para serem coerentes.

Nunca quis esta tua coerência, sou exímia em incongruências, só queria que quisesses estar comigo.
Que conseguisses.
Que estivesses comigo, em amor ou em agonia.
Quando te perdes nos teus marasmos, todos te são descartáveis.
Não quero ser todos.
Pertencer a todos é ser nenhum.
Não quero ser ninguém.


Que leitura me fazias então!?
Mero interlocutor de entretenimento?!
São-me reconhecidas capacidades para te ouvir quatro horas a improvisar o enredo de um filme, criado na cama, depois de me morderes os ombros, a nuca e o cabelo, mas para as tuas inquietações, assunto sério, não me são confinadas capacidades de te ouvir por outras, pelas mesmas, quatro horas?


Não és um cubo mágico que me obriga a agrupar e alinhar cores.
Por algum motivo o que mais gosto de conhecer na tua Pintura é a paleta no final do quadro. Gosto de ver por onde andaste. Gosto de cores que nunca vi, da mistura, de como todas elas se confundem e nunca encontram limites, apenas passagens para outra tonalidade, para outra tendência. Gosto de te ver fugir dos magentas mas a avermelhares-te neles. E quando misturas cores sem pensar e a tendência é um roxo púrpura aparentemente irreversível, só te conseguiria oferecer o dobro de branco, para te tornar mais leve.

Pela minha mão não saem actos de criação, não saem quadros, cores para telas.
Mas sou aficionada em retratos de tudo e qualquer coisa, em traços que se confundem em cores, em riscos e rabiscos que nos confundem com cores.
Gosto de me confundir com eles,
de me fundir neles.
Não és, nem nunca foste, um cubo mágico que tenho de resolver.
Resolve-te tu nesta questão: és-me de dentro e gosto de te ouvir falar, em amor ou agonia.


posted by SCS
julho 12, 2006

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

...e eu também gosto de te ouvir falar, de te "ouvir" escrever, em amor ou agonia, desde que sejas tu.

Beijo

21/7/06 21:23  

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