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photo ao 4º em janeiro 2oo6.

17.7.06



Se alguém te perguntasse, dizias que estavas só em indubitável júbilo.



Dás contigo a abanar a tua Saia de Dias Felizes e a catraiar Uh, deixa-me ver esse pescocinho..!
E o pescocinho compareceu passível de ser abordado.

Podes tocar,
podes indagar,
podes cheirar,
podes abocanhar,
podes afagar, morder e beijar.
Olha, podes!
É-te permitido.
A disponibilidade de usufruir daquele desmedido pescoço é-te oferecida em privilégios.
Em prazeres.


É que existe sempre esta barreira intransponível no conceito absoluto dos homens: os pescocinhos nunca estão disponíveis. E este latejava a jugular em disponibilidades.
Pousa-se na nuca, fecha-lhe os olhos e chega-te lá cima num abraço de nobreza. Quase te derrete na boca de tanto mimo, mimo que colhes como quem rouba margaridas e assobia na rua.

Quando abres os olhos em puro deleite de gulodice, de criancice, percebes que por cima desse pescocinho está um homem a tirar uma fotografia a um enquadramento, com a postura corporal de quem sabe que acabou de fazer a melhor foto do rolo.
E a fotografia é a ti.
É a ti!
E agarra-te como se nunca te fosse deixar ir,
sair dali,
da memória.

Se me dedicasse à tamanha provocação de materializar o que dança hoje no meu corpo não iria muito mais longe do que um estado permanente
de dizer-te cantando a toda a gente.

Abaixo todo e qualquer proteccionismo.
Vivo um Super Homem conceptual debaixo da pele que ninguém ousa ripar.
Não deixo.

As calamidades das vidas alheias aparecem agora dotadas de uma merecida insignificância. Até posso confessar que não me lembro da fome no mundo há quatro dias e
há quatro dias não lembro mais quem era, fui,
deixei de ser,
tentei perceber, deixei de querer.

O conceito de enamoramento que me envolve em repetidos privilégios faz-me perceber que provei disso, que me transmutei na raça que observei durante anos, humana.
Não desconheço mais a plenitude de ser só aquilo que sou.
Transbordo.
Bebeste de mim até transbordar,
mordeste-me por dentro e quiseste mais.
Quiseste-me mais.
A mim.
E a dimensão que ‘a mim’ incorpora faz-me sentir atirada ao tecto da Cappella Sistina a ser tocada por deus, por michelangelo, por ti.

Deixaste-me provar o Amor como o embalo para adormecer.
Sorriste aos meus desassossegos como quem acalora acalento.
Brindaste a atitude de ser vista com um tom moreno que não sai mais da pele.
Deixaste-me no corpo uma ginga de mulher,
cheiraste a minha boca como quem chicoteia querer,
agarraste o meu corpo como quem esbanja prazer.


Os meus Quinze Minutos de Fama foram vagueados em sussurros e sorrisos debaixo do teu Sobretudo.
Trago-te na cor de areia de Salamanca onde consagraste ao meu músculo do peito um pedaço leve que enternece. Corcovaste o meio, o eixo, o centro. E dedilhaste o meu Norte para me deixares voltar ao Porto de todos os sentidos como quem passeia pelos Jardins quedos de Kyoto.
Em transparente generosidade.


Adquiri o conhecimento de ter um canto no mundo.
Agora sei que também eu tenho uma parcela de terra pedra que universalmente me foi atribuída. Instigadora.
Quem dança hoje pelo meu corpo és tu.
Irrepreensível.
E digo-te cantado a toda a gente.

posted by SCS
julho 17, 2006